Está
a chover lá fora, eu estou exausto, o sol já se pôs e tu não estás
aqui. Não estás agora, e não sei quando vais estar. Não abandonas o meu
pensamento como alguém que sempre conheci, amo-te como alguém que sempre
tive, e sinto a tua falta como alguém que foi, e não voltou. Como a Lua sente a falta do Sol a meio da noite, eu sinto a tua.
Tenho
fome, tenho que ir tomar banho e ver se estudo. No entanto, és a minha
única prioridade. Sinto que nada mais importa para além de ti, do que
dizes, do que escreves e fazes. E tenho tanto medo. Tenho medo de
nós, do que somos, do que seremos e do que nunca vamos conseguir ser.
Tenho medo de que me abandones, tenho medo de acordar de manhã e ser só
mais um contacto na tua lista telefónica. Tenho medo que arranjes alguém
melhor e que tudo falhe, mesmo antes de começar, mesmo antes de
tentarmos. Estou perdido entre o que sinto por ti e a música alta que
oiço. Estou uma confusão e já não sei o que digo, o que disse ou quis
dizer. Mas estou tão feliz, por te ter comigo, por ser teu. Acho que
finalmente encontrei um caminho, junto a ti, meu amor.
Não pedi nada disto. Nem eu, nem tu. Mas sabe tão bem.
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